Sabe aquele momento em que você está no meio de uma bagunça emocional e precisa de alguém que te escute de verdade, sem julgamentos? É exatamente isso que você encontra quando sobe os dois lances de escada de um prédio antigo em Perdizes para chegar ao pequeno apartamento que Valéria transformou em seu consultório.
“Olha, vou ser honesta com você”, ela diz logo quando nos sentamos para conversar. “Eu não leio o futuro, não faço milagres e definitivamente não vou resolver sua vida por você.
Mas o que eu posso fazer é te ajudar a fazer as perguntas certas. E às vezes é só disso que precisamos para tudo fazer sentido.”
A Mulher Por Trás das Cartas em Perdizes SP
Valéria tem 43 anos, dois filhos adolescentes, um ex-marido que virou amigo, um gato gordo chamado Freud e uma coleção de xícaras que ganhou ao longo dos anos de clientes gratos. Morando em Perdizes SP há mais de uma década, ela escolheu este bairro da zona oeste paulistana para estabelecer sua prática de tarot. Seu apartamento em Perdizes SP é uma bagunça organizada – livros por toda parte, plantas que às vezes ela esquece de regar, e sempre uma panela de café passando.
“Comecei com tarot porque estava numa situação péssima”, ela conta enquanto mexe distraidamente numa pilha de cartas. “Tinha acabado de me separar, estava sem emprego, com dois filhos pequenos e me sentindo um fracasso total.
Uma amiga me levou numa taróloga – não por acreditar em magia, mas porque eu precisava de alguém para conversar e não tinha dinheiro para terapia.”
Aquela primeira consulta mudou tudo. “A mulher não me disse nada que eu já não soubesse lá no fundo, mas ela fez perguntas que me fizeram enxergar minha situação de outro ângulo. Saí de lá não com respostas mágicas, mas com uma clareza que eu não tinha há meses.”
Há anos oferecendo consultas de tarot em Perdizes SP, Valéria se tornou uma referência para quem busca autoconhecimento através das cartas na zona oeste de São Paulo. Seus clientes vêm não apenas do bairro de Perdizes, mas de toda a região metropolitana, buscando suas consultas de tarot diferenciadas em Perdizes SP.
Como Tudo Funciona Aqui
O Apartamento em Perdizes SP
“Não é nada fancy”, Valéria avisa quando você toca a campainha do prédio em Perdizes SP. E realmente não é. É um apartamento típico do bairro de Perdizes, com móveis que vieram de vários lugares ao longo dos anos, fotos dos filhos na geladeira e sempre alguma roupa no varal da área de serviço.
“Já pensei em alugar um espaço comercial mais profissional em Perdizes SP, sabe? Mas aí percebi que as pessoas se sentiam mais à vontade aqui em casa, no ambiente residencial de Perdizes. É como estar na casa de uma amiga. Você pode chorar, falar palavrão, tirar os sapatos se quiser.”
A mesa da sala de seu apartamento em Perdizes SP é onde acontecem as consultas. Redonda, de madeira, com marcas de copo e de anos de uso. “Já ouvi cada história nesta mesa”, ela diz passando a mão pela superfície. “Já chorei junto com pessoas, já ri até doer a barriga, já segurei a mão de quem estava desesperado.”
Como é uma Conversa com Valéria
“Primeira coisa: esqueça tudo que você viu de taróloga na TV ou no cinema”, ela avisa. “Aqui não tem véu místico, incenso ou música de flauta. Tem café, às vezes um brigadeiro que sobrou do aniversário do meu filho, e uma conversa de verdade.”
O processo é simples: você conta o que está te incomodando, Valéria escuta – de verdade escuta – e depois vocês exploram a situação através das cartas. “As cartas são só um pretexto para a gente conversar sobre coisas que você talvez não conseguisse falar sozinho.”
“Tipo assim”, ela explica embaralhando um baralho gasto pelo uso, “se aparece a carta da Torre, que fala sobre mudanças bruscas, eu não vou dizer ‘ah, vai acontecer uma tragédia na sua vida’. Vou perguntar: o que na sua vida atual precisa ser derrubado para você conseguir reconstruir algo melhor? Que estruturas você está mantendo de pé só por medo?”
As Histórias Que Ela Guarda
Marina e a Crise dos 30 em Perdizes SP
“Marina chegou aqui em Perdizes SP um dia chorando que nem uma criança”, Valéria lembra. “Tinha 32 anos, um emprego que odiava, um namorado que a tratava mal, mas não conseguia mudar nada. Dizia que se sentia presa.”
Durante três consultas em seu apartamento em Perdizes SP, não falaram muito sobre o futuro. Falaram sobre o passado. “Descobrimos que Marina tinha tanto medo de decepcionar os pais que havia construído uma vida inteira baseada no que ela achava que eles queriam. O namorado era ‘certinho’, o emprego era ‘estável’, mas nada disso era dela.”
“Hoje ela mora no interior, trabalha com agricultura orgânica e está solteira e feliz. Me manda fotos dos tomates que planta. Os pais ficaram chocados no início, mas agora veem como ela está bem.”
Roberto e o Medo de Recomeçar em Perdizes SP
“Roberto tinha 45 anos quando me procurou aqui em Perdizes SP. Havia sido demitido depois de 20 anos na mesma empresa e estava em pânico. ‘Como vou sustentar minha família? Quem vai me contratar na minha idade?’”
“Passamos semanas conversando sobre identidade em meu consultório em Perdizes SP”, Valéria continua. “Ele havia se tornado tão identificado com aquela função que não sabia mais quem era sem ela. Foi um processo doloroso, mas necessário.”
Ana e o Luto Que Não Passava
“Ana morava próximo aqui de Perdizes SP e perdeu a mãe. Dois anos depois, ainda estava devastada. Não conseguia trabalhar direito, chorava todo dia, se sentia culpada por estar viva.”
“Não foi uma consulta fácil em meu apartamento em Perdizes SP”, Valéria admite. “Chorei junto com ela várias vezes. Mas através das cartas conseguimos falar sobre coisas que ela nunca havia verbalizado: a raiva que sentia da mãe por ter partido, a culpa por coisas que disse e não disse, o medo de esquecer.”
“Ana ainda sente falta da mãe – isso nunca vai passar completamente. Mas hoje consegue lembrar dela com amor, não só com dor.”
As Perguntas Que Todo Mundo Faz
“Você acredita mesmo nisso?”
“Olha, vou te falar a verdade”, Valéria responde. “Eu acredito no poder da conversa. Acredito que quando você para para refletir sobre sua vida, coisas importantes ficam claras. As cartas são só uma ferramenta para facilitar essa reflexão.”
“É como ir no psicólogo, mas com cartas coloridas no meio da mesa. E mais barato também.”
“Por que não faz consulta grátis?”
Valéria ri. “Porque eu tenho conta para pagar, filho para sustentar e uma vida para viver. Este é meu trabalho. Você não pediria para seu dentista te atender de graça, pediria?”
“E tem outra coisa: quando você paga por algo, leva mais a sério. Já tentei fazer algumas consultas grátis no passado. A pessoa não aparecia, ou aparecia atrasada, ou não seguia nenhuma das reflexões que fazíamos. Quando você investe seu próprio dinheiro, se compromete com o processo.”
“E se as cartas disserem algo ruim?”
“As cartas não dizem nada”, Valéria esclarece. “Quem fala sou eu, interpretando símbolos. E eu nunca vou te dar uma sentença de morte ou falar que você está condenado a algo.”
“Se aparece uma carta que tradicionalmente é vista como ‘negativa’, a gente vai explorar o que ela pode estar representando na sua vida. Às vezes uma ‘carta ruim’ aponta para algo que precisa ser mudado, o que pode ser uma bênção disfarçada.”
Os Limites da Valeria
O Que Ela Não Faz
“Não atendo menor de idade sem os pais presentes. Não dou conselhos médicos ou jurídicos. Não ‘amarro’ ninguém em ninguém. E não atendo quem está claramente sob efeito de álcool ou drogas.”
“Se você quer que eu preveja os números da mega-sena ou me pergunte se deve ou não fazer uma cirurgia, está no lugar errado. Para isso tem lotérica e médico.”
O Que a Deixa Preocupada
“Às vezes aparecem pessoas que estão claramente precisando de ajuda psicológica ou psiquiátrica profissional, não de consulta de tarot. Quando percebo isso, sou bem direta: ‘olha, acho que você deveria conversar com um profissional de saúde mental’.”
“Já tive gente que ficou brava comigo por isso, mas minha função não é substituir terapia ou tratamento médico. É complementar, quando muito.”
A Rotina de Uma Taróloga Real
Um Dia Normal
“Acordo cedo porque o trânsito de São Paulo é um inferno e meus primeiros clientes chegam às 9h. Tomo café – muito café – e organizo mentalmente o dia.”
“Cada consulta dura cerca de uma hora e meia, duas horas. Atendo no máximo quatro pessoas por dia porque é muito intenso. Você absorve a energia emocional das pessoas, sabe? No fim do dia estou exausta.”
“Entre um atendimento e outro, anoto algumas observações, respondo mensagens e às vezes como alguma coisa. Sempre esqueço de almoçar direito.”
Os Fins de Semana
“Sábado só atendo em casos especiais. Domingo nunca. Preciso descansar, curtir meus filhos, ver meus amigos. Também sou humana.”
“Às vezes vou ao cinema, leio romances bobos, assisto série na Netflix. Gente normal fazendo coisas normais.”
O Lado Difícil do Trabalho
O Peso Emocional
“Tem dias que saio daqui acabada”, Valéria admite. “Você ouve histórias pesadas, segura a mão de pessoas desesperadas, vê de perto o sofrimento humano. Não é fácil.”
“Já chorei no banho depois de alguns atendimentos. Já perdi o sono pensando em clientes que estavam passando por situações muito difíceis.”
O Preconceito
“Ainda rola muito preconceito. Tem gente que acha que sou charlata, que exploro pessoas vulneráveis, que sou uma aproveitadora.”
“Dói? Dói. Mas eu sei do meu trabalho, conheço as pessoas que já ajudei, sei da diferença que faço na vida das pessoas. Isso me sustenta.”
A Responsabilidade
“Às vezes as pessoas colocam muito peso na minha opinião. ‘Mas a Valéria disse que…’ Isso me deixa desconfortável porque minha função não é decidir a vida de ninguém.”
“Sempre deixo claro: eu posso oferecer perspectivas diferentes, mas quem toma as decisões é você. Sua vida é sua responsabilidade.”
Por Que Ela Faz Isso
A Recompensa Real
“Sabe qual é o melhor momento do meu trabalho? Quando a pessoa sai daqui e eu vejo nos olhos dela que algo clareou. Não necessariamente que ela recebeu a resposta que queria, mas que agora ela sabe qual pergunta fazer.”
“Recebo mensagens meses depois: ‘Valéria, lembra quando você me perguntou por que eu sempre escolhia homens emocionalmente indisponíveis? Pois é, comecei a fazer terapia e entendi muita coisa’.”
O Que Aprendeu
“Aprendi que todo mundo está fazendo o melhor que pode com os recursos que tem no momento. Ninguém é mau por natureza, só confuso, machucado ou assustado.”
“Aprendi também que não posso salvar ninguém. Posso acompanhar, apoiar, oferecer perspectivas, mas cada pessoa tem que fazer seu próprio caminho.”
Como Marcar Uma Consulta
O Processo
“Manda mensagem no WhatsApp. Não precisa contar toda sua vida, só dizer que quer marcar horário e se prefere vir aqui ou fazer online.”
“Eu pergunto mais ou menos sobre o que você quer conversar, não para ser curiosa, mas para me preparar mentalmente. Se você quer falar sobre luto, eu me preparo de um jeito. Se quer falar sobre carreira, me preparo de outro.”
“O pagamento é antecipado. Pix, dinheiro, cartão, como você preferir. Mas tem que ser antes da consulta.”
O Que Esperar
“Espere uma conversa honesta, às vezes difícil, sempre respeitosa. Não espere milagres, mas espere sair daqui com uma visão diferente sobre sua situação.”
“E por favor, não venha testando se eu ‘acerto’ coisas sobre você. Não é jogo de adivinhação. É trabalho sério.”
Uma Última Conversa
“Sabe qual é a coisa mais importante que aprendi em todos esses anos fazendo isso?”, Valéria pergunta enquanto guarda as cartas na gaveta. “Que a vida não é sobre ter todas as respostas. É sobre fazer as perguntas certas.”
“E às vezes a pergunta certa não é ‘ele vai voltar pra mim?’ mas ‘por que eu quero alguém que não me quer?’ Não é ‘vou conseguir aquele emprego?’ mas ‘o que eu realmente quero fazer da minha vida?’”
“As cartas não vão mudar sua vida. Quem muda é você. Eu só ajudo você a enxergar os caminhos possíveis.”
Ela se levanta, estica as costas e sorri cansada. “E agora vou fazer janta pros meus filhos. Porque no fim das contas, sou só uma mãe de família que trabalha com cartas e conversas honestas.”
Para agendar uma consulta de tarot em Perdizes SP com Valéria, mande mensagem no WhatsApp. Mas lembre-se: venha pronto para ouvir verdades que talvez você não queira escutar.